A segurança dos óleos essenciais

ESSÊNCIAS DA NATUREZA

«Se reconhecermos os óleos essenciais fundamentalmente como aliados familiares em vez de inimigos estranhos, poderemos assumir a perspetiva mais ampla de que são inerentemente seguros, em vez de inseguros.» - PETER HOLMES

Os óleos essenciais são seguros de acordo com a forma como nos relacionamos com eles:

  • São seguros quando selecionados apropriadamente para o indivíduo ou para o objetivo do produto.

  • São seguros quando o método de aplicação apropriado (óleo para o corpo, inalações de vapor, banhos, etc.) é corretamente escolhido para o indivíduo ou para o objetivo do produto.

  • São seguros quando se usa a diluição correta do óleo essencial.

  • São seguros quando o indivíduo possui o nível de conhecimento e de experiência apropriado para cada óleo essencial que está a utilizar.

Segundo Jade Shutes e Amy Galpe que escreveram o livro “O Guia Definitivo da Aromaterapia”, na abordagem da segurança dos óleos essenciais dividiram em 3 categorias:

Categoria 1: Óleos essenciais suaves

Esta categoria inclui a maioria dos óleos essenciais vulgarmente usados em casa e em terapia. Os óleos essenciais desta categoria são considerados geralmente seguros e sem risco de toxicidade ou de acumulação, mesmo quando usados durante um extenso período de tempo. Neste grupo, alguns óleos essenciais específicos podem também ter informações particulares de segurança (fotossensibilizante ou irritante, por exemplo).

Óleos essenciais suaves

São a maioria dos óleos essenciais, em que se incluem os de camomila-do-cabo, cardamomo, semente de cenoura, cedro, macela, camomila, óleos cítricos, folha de coentro, sálvia-esclareia, cipreste, funcho, abeto, incenso, gerânio, gengibre, lavanda, lavandim, melissa, pinheiro, rosa, saro e melaleuca.

Categoria 2: Óleos essenciais fortes

Este grupo de óleos essenciais apresenta algum risco potencial de acumulação tóxica de certos componentes, independentemente do método de aplicação. Os óleos essenciais abaixo enumerados devem ser usados com precaução. A principal preocupação é com a neurotoxicidade (impacto negativo sobre o sistema nervoso). Seja prudente nas aplicações cutâneas, assegure-se de que dilui os óleos e evite aplicações diárias durante muito tempo (>10–30 dias).

Os óleos essenciais nesta categoria são contraindicados (não apropriados) durante a gravidez e a amamentação.

Óleos essenciais fortes

• Sálvia (Salvia officinalis), α-tujona, β-tujona e cânfora

• Alecrim qt. verbenona (Rosmarinus officinalis), verbenona

• Hissopo qt. pinocanfona (Hissopus officinalis), pinocanfona

• Alecrim qt. cânfora (Rosmarinus officinalis), cânfora

Categoria 3: Óleos essenciais potentes

Os óleos essenciais deste grupo podem causar envenenamentos graves, independentemente da via de administração. O uso oral destes óleos essenciais deve ser evitado devido à potencial toxicidade para o fígado e para o sistema nervoso. É melhor evitar estes óleos, a menos que tenha recebido formação e treino adequados sobre o seu uso e aplicação.

Óleos essenciais poderosos, possíveis de intoxicação grave

• Artemísia (Artemisia vulgaris), tujona

• Salva (Salvia officinalis), tujona

• Hissopo (Hissopus officinalis), NÃO a variedade Hissopus officinalis decumbens

• Alfazema (Lavandula stoechas), tujona

• Absinto (Artemisia absinthium), tujona

• Folha de cedro (Thuja occidentalis), tujona

• Poejo (Mentha pulegium), pulegona

OUTRAS QUESTÕES DE SEGURANÇA

Além das categorias acima referidas, é importante conhecer também quaisquer questões de segurança específicas para cada óleo essencial que adquirir. E como muitos produtos de aromaterapia são aplicados na pele, esteja atento a potenciais reações cutâneas. As três principais reações cutâneas são a irritação, a sensibilidade e a fotossensibilidade.

Estabelecer uma correta relação com os óleos