Das plantas aos óleos essenciais

ESSÊNCIAS DA NATUREZA

destilacao de plantas para extracao de oleos essenciais
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Os óleos essenciais são extratos aromáticos altamente concentrados e encontram-se a partir de uma diversidade de material botânico, onde se incluem flores, sumidades floridas, frutos/cascas, ervas, folhas, agulhas e ramos, resinas, raízes, sementes e madeiras.

Através do processo de converter energia do Sol (fotossíntese), as plantas produzem não só o alimento de que precisam para sobreviver como também uma série de compostos químicos secundários para fomentar a sua saúde e sobrevivência. Alguns desses químicos secundários são aquilo que compõem os óleos essenciais. Tecnicamente, enquanto estão na planta, os óleos essenciais são na verdade uma série de muitos químicos voláteis (componentes) armazenados no interior da planta. Estes componentes voláteis são responsáveis pelo aroma e por parte do sabor de muitas plantas medicinais.

Enquanto estão na planta estão constantemente a alterar a sua composição, ajudando a planta a adaptar-se aos ambientes interno e externo em constante alteração.

As plantas produzem óleos essenciais para atrair insetos polinizadores para fins de reprodução, para repelir a competição das plantas envolvidas na área, para proteção contra os predadores, para defesa/proteção de uma vasta gama de organismos que podem ameaçar a sua sobrevivência e para as plantas poderem comunicar entre elas.

Os óleos essenciais geralmente são líquidos e podem ter de 20 a 200 substâncias químicas derivadas principalmente da classe dos TERPENOS, e podem ser divididos em famílias químicas bem definidas.

Os óleos essenciais são compostos de substâncias bem definidas quimicamente que são lipossolúveis, ou seja dissolvem-se em gorduras.

Apesar do nome óleos, entretanto, os óleos essenciais não são gordura pois não possuem ácidos graxos na sua composição.

Óleos ricos em ácidos graxos são geralmente extraídos por prensagem de sementes oleaginosas e podem ser chamados de óleos graxos, óleos fixos, óleos carreadores, óleos vegetais, óleos gordurosos, mas todos eles são diferentes dos óleos essenciais.

Extração de óleos essenciais

Os dois processos principais utilizados para extrair óleos essenciais são a destilação a vapor e a expressão a frio.

Existe outros processos de extração como a maceração, enfleurage, extração por solvente e extração por CO2.

Destilação a vapor

Esta destilação tem sido praticada ao longo da história.

A destilação a vapor, é feita colocando água a ferver em uma caldeira/pote do alambique , o vapor de água evapora e passa por um alambique/coluna onde a planta foi colocada.

A alta temperatura do vapor rompe as estruturas onde estão armazenados os óleos essenciais.

À medida que isso acontece as moléculas dos óleos essenciais evaporam junto com o vapor de água viajando através de um tubo até chegar em uma serpentina resfriada, e o óleo essencial condensa junto com vapor de água caindo em um recipiente.

Como o óleo essencial não se mistura na água o processo de separação é feito naturalmente, em que por norma o hidrolato fica em baixo e o óleo essencial em cima.

A hidrodestilação é uma versão mais simples da destilação a vapor onde tanto a água como a planta são colocadas em um só lugar/pote. Esse método é eficaz, mas é necessário manter a atenção constante, pois a água pode evaporar completamente queimando a planta e deixando o óleo essencial com o cheiro característico de queimado.

A expressão a frio

A expressão, também chamada de pressão a frio, é um método de extração específico para os óleos essenciais de citrinos, como tangerina, limão, bergamota, laranja e lima.

As principais diferenças entre os óleos destilados e os espremidos têm a ver com a sua toxicidade, volatilidade e aroma. Os óleos cítricos destilados tendem a deteriorar-se mais rapidamente e são consideravelmente mais instáveis do que os óleos espremidos.

A composição das plantas e a extração dos óleos essenciais